No dia 10 de Junho
de 2015 descobri que minha vida tinha acabado de mudar, eu já
desconfiava mais o medo do exame era maior, por no fundo já saber o
resultado. Um dia antes havia feito um teste de farmácia e tinha dado
negativo, mais eu sabia que não era este o resultado. No dia seguinte,
fui ate o laboratório e realizei o exame de sangue, as 06:00 da manhã, o
resultado sairia a partir das 15:00, imagina como foi meu dia!! Eu
olhava a todo instante o site do laboratório, e nada. Então saio para
meu almoço quando volto, abro a pagina e lá estava um POSITIVO em letras
maiúsculas, aquelas letras que vem pra assustar e nunca te fazer
esquecer. Estava de 07 semanas. Uma semana depois contei pro pai do meu
filho, ele pediu na mesma hora pra abortar mais eu neguei e fui forte,
ele me falava que se eu não fizesse iria sumir e no final ele sumiu.
Estava sozinha, gravida, sem apoio, cheia de duvidas, sentimentos,
emoções.
Foi então que resolvi contar pra minha
mãe, (meus pais haviam se separado a um ano), eu com 18 anos, cursando
faculdade de Engenharia, com um futuro promissor, o desejo de toda mãe.
Falar que estava gravida seria o fim, e foi! Minha mãe realmente surtou,
saiu de casa por alguns dias, meus pais não gostavam e não gostam do
pai do meu filho (só pra piorar mais a situação rs).
Meus pais no
primeiro mês não falavam comigo, me ignoravam, não tinham reação nem
nada, mas tudo mudou quando eu completei 10 semanas eu passei muito mal e
tive que ficar hospitalizada, tive uma infecção que inchou meu rim
esquerdo, e eu tinha que tomar um remédio que era filtrado por uma bomba
durante 5 horas por dia, nos primeiros 10 dias eu não tinha nenhuma
melhora, e então os médicos chamaram meus pais e eu e falaram que se em 5
dias eu não melhorasse eu precisaria fazer uma ressonância magnética e
inserir um cateter ate o canal urinário o que poderia levar a um aborto.
Quando ouvi isto, so chorava, dizia que se eu perdesse meu filho sairia
do hospital direto para um cemitério pois não queria mais viver
(engraçado como o amor de mãe é instantâneo, vi meu filho uma única vez,
por um ultrassom e ele era somente uma bolinha e eu já amava ele
incondicionalmente), foi então que eu comecei a lutar contra meu corpo,
pra me sentir melhor, todo este processo durou 25 dias, de 62 kg sai do
hospital pesando 43 kg, fiquei um mês de licença do trabalho, e Deus me
mostrou o amor, minha mãe começou a aceitar meu filho (que todos achavam
ser uma menina. Desde o principio sabia que era menino), meu pai foi o
primeiro a comprar um presente pro pequeno, e minha mãe com ciúmes foi a
segunda logo em seguida a comprar presentes, com 16 semanas descobri
que a Hellena era o meu Benjamin, minha gravidez foi tranquila tive
anemia devido os problemas iniciais mais consegui recuperar meus quilos
pedidos cheguei a engordar 25 kg rsrs,
E foi no dia 17/02/2016 as 09:00
(sempre pontual) pesando 3.470 kg com 50,5 que veio ao mundo o pequeno
Benjamin, hoje ele é o xodó da casa, da família e o mundo gira em torno
dele. O pai sumiu, não e presente mas eu sei que não faz falta porque o
amor que ele recebe é imenso. E sei hoje que fiz a escolha certa de
levar minha gravidez ate o final
Que história linda!!! Me emocionei pois a minha é quase parecida! Parabéns para nós, mulheres de fibra! ❤
ResponderExcluirNossa que história linda. Uma criança é capaz de quebrar qualquer ódio dentro de uma família. Tenho o caso da minha afilhada, onde os avós não aceitaram, colocaram minha prima pra fora de casa, mas depois que a Camille nasceu, nossa foi um soco na cara deles. Hoje, ela é o amor da vida deles.
ResponderExcluirEu aqui, esperando minha Maria Júlia, que graças a Deus sempre foi muito desejada e planejada (mais ou menos).
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