Mãe adolescente, mãe solteira... o que é isso na realidade! PARTE 2

Segunda parte! risos
Agora sobre ser mãe
solteira:
Eu odeio essa
rotulação, primeiro porque atualmente ninguém precisa de um parceiro para ter
uma criança. Hoje temos as fertilizações, temos a adoção unilateral, etc. Não
importa se com um cônjuge ou não, mãe e pai não necessitam de um parceiro para
desenvolver suas tarefas corretamente!
Eu li um texto recentemente
que dizia algo próximo de: “não é feio ser mãe solteira, feio é ser pai quando
conveniente”. Essa frase resumi tudo aquilo que eu penso!
Quando leio “mãe
solteira” eu logo penso “pai ausente”, obvio que existe suas raras exceções,
nas quais os pais são PAIS!
Então antes de falar o
que é mãe solteira vamos explicar o que é ser pai.
Pai não é aquele cara
que faz ligações esporádicas para desejar feliz aniversário, feliz natal ou qualquer
outro feliz.
Pai não é aquele que
pega aos finais de semana para fazer um passeio bacana.
Pai não é aquele que
posta foto com os filhos a cada um ano nas férias escolares.
Pai é aquele que se
recorda do primeiro sorriso, é aquele que se ajoelhou com você para te ensinar
a engatinhar, é aquele que se sujou de cocô nas primeiras trocas de fralda, é
aquele que passou madrugas fazendo palhaçada achando que você ia dormir dando
risada, é aquele que fazia malabarismo para que você comesse a salada no final
do jantar, é aquele que te dava a mão e fazia careta na hora de tirar sangue, é
aquele que se desesperava no hospital de madrugada quando a febre não baixava,
é aquele que chorou com o primeiro desenho da escola, é aquele que gritava com
orgulho no seu primeiro campeonato, é aquele que te castigou com a primeira
malcriação, é aquele que incansavelmente te disse não quando você pedia algo
errado, é aquele que tirou sua televisão quando chegou a primeira nota baixa, é
aquele que em um domingo qualquer te dava um sorriso de canto no sofá esperando
que você não atrapalhasse o jogo dele, é aquele que te acorda cedo em um sábado
querendo companhia no café da manhã mesmo sabendo que você estará mau humorado,
pai é aquele que te acompanha, te educa, te mima, te ama, mas acima de tudo é
aquele que está PRESENTE em sua vida!
Depois de tentar explicar o
que é ser pai, posso falar um pouco sobre ser mãe solteira.
Mãe solteira para mim é
aquela que não tem o apoio do pai, isto é mãe solteira = pai ausente! Existem muitas mães que escolhem ter o filho sozinha, e nem por isso podem ser rotuladas como mães solteiras, é um rótulo negativo criado pela sociedade que tenta recriminar a mãe, quando na realidade a culpa de ter um filho sem pai não é delas!
Ser mãe solteira é
servir integralmente para o seu filho! Sim, eu disse integralmente!
Por mais
que a criança tenha um “pai” que a busque nos finais de semana e te de uma “folguinha”,
quando ela tem uma febrinha e precisa correr para o hospital, quem vai? Quando
ela tira uma nota ruim na escola, quem passa a noite estudando com ela? Quando
ela precisa de um castigo por malcriação quem sobe nas tamancas para brigar? Então,
eu continuo dizendo você irá fazer tudo sozinha! Mesmo que você tenha alguém
para dividir os finais de semana e as férias, você não tem com quem dividir a
tarefa de ser pai!
Essa tarefa não é nada
fácil, além de exaustiva quando há o mínimo contato com o pai você ainda vai
ouvir: “meu pai deixa” (e você pensa, lógico que ele deixa é mais fácil dizer
sim do que educar). Enfim, esse caso é muitooo complicado, porém eu não tenho
experiência, no meu caso a minha filha não tem contato nenhum com o pai!
Quando a criança não
tem contato nenhum, existe os prós e os contras. Primeiro, você não vai passar
o final de semana rezando para que nada aconteça com a criança, uma vez que ela
sempre estará com você. Por outro lado você terá que se desdobrar para executar
os dois papeis!
O primeiro passo é: Não
mentir. Não invente nenhuma história sobre o pai, desde pequeno seja o mais
claro, transparente e sincero. Mesmo que você entenda que a mentira será para
proteger seu filho, NÃO MINTA! Se o pai não quer ver a criança, fale a verdade
de uma forma amorosa, não minta que ele está ocupado, viajando ou seja lá o que
você possa inventar para justificar a ausência. Diga que infelizmente o pai não
está ali, que é uma escolha dele e pronto, não precisa prolongar nada. Quando a
criança é maior, uma conversa longa e sincera pode ajudar mais. Tenha sempre
retratos, cartas, lembranças, mostre a criança que ela foi concebida em um
relacionamento bom, mas que infelizmente não deu certo, e que o pai escolheu
seguir o seu caminho.
O segundo passo: é
mostrar que família não necessariamente é pai e mãe, família é aqueles que nos
cercam com amor independente dos laços sanguíneos.
Obvio que irá variar de
criança para criança. Porém a Nanne nunca conviveu com o pai e durante sete
anos conviveu muito bem com a figuras masculinas dos tios e do avô. Hoje ela
tem o meu marido, ela tem a plena consciência de que ele é seu padrasto, ela
conhece o pai biológico, mas nada disso impede de amar o Marcos como seu
verdadeiro pai! Na hora de preencher algum documento ela coloca o nome do pai biológico,
mas na hora de fazer um desenho sobre sua família ela desenha o padrasto, se
isso confunde a cabeça dela? Não, conversarmos muito sobre isso e eu sempre a
deixo muito a vontade de fazer suas próprias escolhas, além disso ela tem todo
um apoio psicológico desde pequena para que distância do pai biológico não seja
entendida como um abandono.
Hoje ela está com 9
anos e vive uma rotina tranquila de uma menina de sua idade. Então o rótulo de mãe solteira não significa nada! Significa apenas que você é uma mulher extremamente forte e que ama seu filho em dobro!
Passei por isso durante 5 anos.
ResponderExcluirDepois desse tempo eu e o pai dos meus filhos nos acertamos e decidimos seguir com nossa família. Fui mãe aos 18 anos e depois aos 21 novamente, foi difícil ser mãe solteira, mas nem por um momento me envergonhei, tinha as duas pessoas mais importantes da minha vida e que eu tive o privilégio de trazê-las ao mundo. Agradeço a Deus por tudo que passei, hoje não é qualquer tempestade que me abala, e , a maturidade contribui para isso. Meu nome é Érica, tenho 28 anos, mãe do Matheus de 9 anos e do Otávio de 7 anos.